quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Um brinde à ralé

“Encontrar o valor das coisas inúteis é arrancar poesia do trapo”. (SILVA, 2010)

Fragmento extraído de um precioso artigo de Márcio Sales da Silva, publicado em E-SCRITA, e cujo título é: Manoel de Barros, o poeta do devir.
Não sei a qual qualis o artigo pertence no ranking da CAPES. Falo da qualidade do texto, do encontro entre Deleuze e Manoel de Barros. Duas potências de vida, duas vidas ínfames, dois destruidores de máquinas fazedoras de normalidades.

Descobri em Manoel de Barros e em Deleuze que “sofro de multiplicidade”, sofro de pluralidade. “Há quem diga que eu dormi de toca...” (Sérgio Sampaio).

Sou apaixonada pela miudeza, pela pequeneza, pela sutileza.

Gosto quando Rubens de Almeida exclama: “eu vivo te dando bola porque você é acerola, eu vivo te dando bola porque você é acerola...”.

Sou apaixonada pelo que é grande de tanto ser rasteiro, de tanto ser ralo, de tanto ser raro, de tanto ser ínfimo...

Gosto da pequeneza e é por isso que “eu vivo te dando bola porque você é acerola”.

Postarei aqui as pequenezas que me trazem grandeza, que me trazem boniteza, que me trazem gentileza. Registros que chamarei de Diário Menor


Bloco na Rua - Ligiana e Tom Zé

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