domingo, 25 de maio de 2008

Marajó


Esse é o americano. Ele mora na Ilha do Marajó, às margens do rio Paracauari. Essa é uma das minhas imagens preferidas, talvez pelo contraste nela presente e pela contradição que me causou: me vi apaixonada por um americano. Vocês precisam sentir o cheiro desse filho do Marajó; não é um cheiro neoliberal; não é o "cheiro do ralo". Ele gosta de água. Gosta de comer mamão com casca, de passear pelas margens (tal como eu gosto) do rio; gosta de visitar o Sulcoreano. Eu o conheci durante viagem àquela Ilha, por ocasião do feriado da Semana Santa, em 2006. Ele "sentou pra descançar como se ouvisse música".

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Estrada


Quem me conhece mais amiúde sabe da minha paixão, tesão por Jeep. Esse veículo de quatro rodas e de muitas fronteiras. Talvez o que me atraia nesse objeto seja o não convencionalismo, o romper fronteiras, o andar pelas margens, por onde geralmente não se circula; fazer o caminho que os outros (carros!?) não o fazem.
“Quando eu morrer se eu não for pro céu eu vou lá pro Marajó”... E de Jeep, é claro!!!
Ah! O Marajó, a minha outra paixão... Jeep, Marajó, Dalcídio Jurandir, chuva, campos, cachoeira, terra, desejo, Americano (um brasileiro), saudade. Saudade!!!

segunda-feira, 12 de maio de 2008

O carteiro, o poeta e a fábrica



Assim como tem coisas que me deixam triste, tem outras que me emocionam, que me deixam em estado de graça, como a cena acima. Essa foto foi tirada no ano passado em uma atividade realizada por um grupo de alunos da FAZ que se arvorou a estudar o sentimento ambivalente que o trabalho provoca: prazer e dor.

A fábrica

Tem coisas que me afetam sobremaneira, como por exemplo, ver um sujeito trabalhador almoçar às 15h30min em seu locus de trabalho e, solitariamente. Sim, pois o momento das refeições para mim particularmente é pra ser compartilhado stricto sensu, pois de outra forma a comida não irá alimentar a alma, fará outro caminho, não sei qual... Talvez, tal cena tenha me remetido a outra, vivenciada anteriormente, onde o operário não tendo onde fazer suas refeições e nem com quem compartilhar seu estranhamento, sentou-se em um canto e se alimentou (?), solitariamente.
Hoje o contexto era outro, a começar pelo ambiente físico, lugar social, posição hierárquica etc. Mas o sabor da comida me pareceu familiar. Cheguei a sentir o gosto amargo de outrora. A fábrica parece que mudou, mas o chão continua o mesmo.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

1° de maio

Pensei em dar o título para essa postagem de grupelhos ou grupúsculos, em uma versão mais atualizada. Depois resolvi dedicar a mim e a ti, trabalhador e aos que não tendo acesso ao trabalho (mesmo o trabalho estranhado) sentem DOR. Vamos ao que interessa:
Estou neste mundo por uma causa, e a cada dia tenho mais clareza de que “gente é pra sorrir”, como dizia Caetano, nos bons tempos, é claro... Aos que ainda não me decifraram... não precisei, graças a Guatarri, adentrar ao interior dos partidos par-tidos para descobrir que “os monomaníacos da direção revolucionária conseguem, com a cumplicidade inconsciente da base, mobilizar o investimento militante em impasses particulares. É o meu grupo, minha tendência, meu jornal, nós é que temos razão, minha linha, criamos uma pequena identidade coletiva encarnada em nosso líder local... Não havia todo esse tormento em maio de 1968!”

Felix Guatarri

Fim de tarde

Uma biqueira é sempre inspiradora,
Numa tarde de chuva então...
Uma biqueira, um blues , uns amigos libertários e um peixe solidário
E a noite, não se fez de rogada, surgiu e logo anunciou a madrugada
Embriagada, encabulada, descortinada!!