quarta-feira, 14 de março de 2012

Dias de Poesias

"O poeta é um fingidor
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente"
Fernando Pessoa

Os “nossos” colonizadores portugueses exploraram as nossas terras, extinguiram um número absurdo dos parentes que aqui habitavam, “plantaram” um relógio big-ben em cada lugar por onde passaram, espaço geralmente chamado de “praça do relógio”. Porém, em suas margens, na proa de suas caravelas, veio também Saramago, Fernando Pessoa, Florbela Espanca, Camões e tantos outros que não deixam calar o eco da liberdade, da alegria, da justiça, da música, da esperança e do desejo pela VIDA.

Vão-se os anéis, ou os cocais, ficam os desejos...

Viva a poesia!Que tem o poder de transformar a ira em potência criativa.

3 comentários:

José Antônio Orlando disse...

Olá, Ana. Adorei suas mensagens lá no blog Semióticas...
E sim, conheço o livro ("Kafka, Foucault, sem medos") e assinaria com orgulho embaixo de cada um dos artigos reunidos pelo Edson Passetti. Tanto Kafka quanto Foucault, nos domínios distintos da literatura de ficção e da filosofia, desestabilizam a sociedade de formalidades em que o Estado é o guardião da igualdade jurídica em nome de uma pretensa (e até hoje inatingível) igualdade social. As abordagens dos ensaios são especialmente felizes e creio que sobre a maioria delas também pairam os ensinamentos de outro mestre, Thoureau (da “desobediência civil”), com o alerta de que a ameaça do uso da força física sobre cada desobediente não garante acesso à uniformidade para todos...
As ideias de Kafka, Foucault, Thoureau e outros mestres libertários precisam ser propagadas para acenar com uma promessa de felicidade para o coletivo e para repelir todo autoritarismo e covardia...
Mil beijos para você!

José Antônio Orlando disse...

Olá, Ana. Adorei suas mensagens lá no blog Semióticas...
E sim, conheço o livro ("Kafka, Foucault, sem medos") e assinaria com orgulho embaixo de cada um dos artigos reunidos pelo Edson Passetti. Tanto Kafka quanto Foucault, nos domínios distintos da literatura de ficção e da filosofia, desestabilizam a sociedade de formalidades em que o Estado é o guardião da igualdade jurídica em nome de uma pretensa (e até hoje inatingível) igualdade social. As abordagens dos ensaios são especialmente felizes e creio que sobre a maioria delas também pairam os ensinamentos de outro mestre, Thoureau (da “desobediência civil”), com o alerta de que a ameaça do uso da força física sobre cada desobediente não garante acesso à uniformidade para todos...
As ideias de Kafka, Foucault, Thoureau e outros mestres libertários precisam ser propagadas para acenar com uma promessa de felicidade para o coletivo e para repelir todo autoritarismo e covardia...
Mil beijos para você!

Ana Silva disse...

Obrigada pela visita no blog, que tem a pretenção de ser apenas um espaço de alegrias e inquietações.
Não li ainda Thoureau, vou buscar. Valeu pela indicação!
Coma sua postagem, lembrei de La Boétie "O discurso da servidão voluntária", absolutamente necessário para pensarmos a servidão incondicional de uns sobre os outros, ou de muitos sobre um.
No Brasil, Edson Passetti realmente é um desobediente qualificadíssimo.

Saúde!
Forte abraço,