segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Chicobraguice



“Certa vez de montaria,
Eu desci o Paraná
E o caboclo que remava
Não parava de falar
Ah, ah, não parava de falar
Ah, ah, que caboclo falador!”[1]
Eu confesso que queria começar esse texto de uma forma “normal”, que seria:
Certa vez assistindo a uma reportagem sobre Chico Braga, um caboclo famoso pras bandas de cá, do Norte, uma verdadeira máquina de produzir Carimbó, um cantador e fazedor de canções, fiquei impressionada com a intimidade e afetação dele com a música e, mais particularmente, com o “nosso” ritmo, o carimbó.
 Assistindo a esta reportagem eu me dei conta de que talvez eu sofra de chicobraguisse. Talvez não em um grau tão avançado a ponto de só responder a qualquer pergunta ou situação utilizando uma canção, como o faz mestre Chico Braga, como o fez na reportagem. O que fez com que a repórter afirmasse:
- É impossível fazer qualquer pergunta sem que ele pare de cantar ou de responder com um verso de uma de suas músicas!!
Nunca tratei dessa “doença” quando fiz análise... Que síndrome será essa? Há cura? Tomara que não!!
No máximo ocorreu de eu chegar certa vez de montaria... Nããão!!!
Certa vez eu cheguei para a análise por debaixo de uma chuva, dessas que parece que o mundo vai acabar, como dizia a analista. E esta perguntou:
- Como estamos hoje? O que me diz hoje moça?
- No que respondi:
“Tranquila
Levo a vida tranquila
Não tenho medo do mundo
Não vou me preocupar...”[2]
Hoje, escutando Tim Maia - Racional, cheguei a uma conclusão, bem emocional, qual seja: de que os casais devem viver “numa relax, numa tranquila numa boa...”[3]
Nada de “um nasce pra sofrer enquanto outro rir...” [4]
Não concordo! Não concordo com Tim! Mas...
“Ah!
Se o mundo inteiro
Me pudesse ouvir
Tenho muito pra contar
Dizer que aprendi...”[5]


[1] O Irapurú de Waldemar Henrique. http://www.youtube.com/watch?v=2gxMz7KGcuY
[2] Tranquilo de Bebel Gilberto
[3] Guiné Bissau, Moçambique e Angola de Tim Maia
[4] Azul da cor do mar de Tim Maia
[5] Azul da cor do mar de Tim Maia

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Fábrica de Felicidade




Adoro esse Tom
Esse Som
Esse Zé

Fazedor de coisas
De sonhos
De homens

Fábrica de fábricas
Fábrica de fábulas
Fábrica de risos

Fábrica do inesperado!
Fábrica de Felicidade!


terça-feira, 16 de outubro de 2012

Milton Nascimento e Fabiano Medeiros - "Caçador de Mim"

Caça Dor de mim


Essa música é absolutamente bela, forte e tem cheiro de gente
 Tem gosto de vitória, mesmo que se tenha perdido algo...
Acho ela o símbolo do "nunca se dê por vencido", por tanto amor, por tanta emoção...

Penso que ela teria que ser “matéria” obrigatória desde a alfabetização.
Ela é absolutamente fundamental!
Afinal, no Ensino Fundamental é fundamental o respeito ao outro, aos outros...
 No Ensino Médio, a média deveria ser pra tod@s, sem divisão!
 No Ensino Superior, não há superior!
Na vida,  
Nada a temer senão o correr da luta 
 Nada a fazer senão esquecer o medo

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Elza Soares - A Carne

O que vaza das formalidades e dos instituídos, uma parte eu posto aqui nesse Carnaval de Afetos, e o que me é possível dar vasão eu sigo adiante... Nesse momento o que vaza em mim é a Carne...

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Maria Bethânia - Samba da Bênção (Vinicius de Moraes e Baden Powell)

Saravá!

A música me ajuda falar de um desassossego que a cada instante me intima a ser muito mais que gente. Espraiar-me em acontecimentos e em significações. Em alegrias e poesias. É melhor ser alegre que ser triste!

sábado, 23 de junho de 2012

O REAL e o poético

ESTADO es... ta... do... DESOBEDIÊNCIA fluidez, desassossego, desassossegar PODER potência, potencializar GOVERNAR hibernar BUROCRACIA diplomacia, diploma & cia EU múl ti plo

O MENINO E O POETA (amostra de falas do filme)

sábado, 16 de junho de 2012

Ô NET

Ô net! Minha porção cabocla que até então se resguardara é a porção melhor que eu trago em mim agora... É o que me faz viver. Gil, Dona Onete e muito tambor!