Ah, essa cabecinha que é minha
E que a multidão faz morada
Na morada da minha cabecinha na(mora) uma multidão
Somos enamorados!
segunda-feira, 5 de janeiro de 2015
quinta-feira, 20 de junho de 2013
Patriotismo sem voz não é patriotismo, é medo!
Breves considerações que a minha pele captou...
Penso que patriotismo sem voz não é
patriotismo, é medo! Vi isso ontem nas ruas de Belém. Além de outros fatos que
prefiro deixar para os Cientistas Políticos analisarem, uma vez que estes têm
elementos muito mais refinados para fazer tal análise.
Não fiz tantos registros fotográficos, porque
estava demasiadamente atenta ao presente... Não estava preocupada atualizar minhas fotos, meu status...
O cortejo estava em blocos, alguns de concretos e impenetráveis. Outros totalmente leves, artísticos e vorazes. Identifiquei pelo menos três, mas é claro que havia muito mais. Esses foram os que saltaram aos olhos, me pegaram na pele..
O cortejo estava em blocos, alguns de concretos e impenetráveis. Outros totalmente leves, artísticos e vorazes. Identifiquei pelo menos três, mas é claro que havia muito mais. Esses foram os que saltaram aos olhos, me pegaram na pele..
1-Movimentos Sociais históricos de luta pela
terra, movimento feminista, levante popular da juventude, Jovens + Pará,
UNIPOP, PARE BELO MONTE, XINGU VIVO, etc.;
2- Os partidos de esquerda, e eu não vou entrar no mérito se são de esquerda "falsa" ou "verdadeira", sem juízo de valor, e sim de um grupo que já teve os seus e a si próprios torturados pela ditadura brasileira por lutar por um ideal. DITADURA só para citar um abominável acontecimento que nos faz sentir vergonha de ser gente...
2- Os partidos de esquerda, e eu não vou entrar no mérito se são de esquerda "falsa" ou "verdadeira", sem juízo de valor, e sim de um grupo que já teve os seus e a si próprios torturados pela ditadura brasileira por lutar por um ideal. DITADURA só para citar um abominável acontecimento que nos faz sentir vergonha de ser gente...
3- E tinha também um grupo que se dizia
"apartidário"; que se dizia sem partido, mas quando o grito de ordem
era direcionado ao ex-prefeito, ao atual governador e atual prefeito de Belém,
pairava um silêncio em parte dessa parte desse grupo... Com exceção do JB, que
foi vaiado quando a manifestação passou em frente à RBA. Muito estranho esse
silêncio...
Esse
último se não estou enganada, se não estou me precipitando, se manifestavam como
algumas insígnias que lembravam os movimentos do “Brasil Grande” do personagem Tião do filme Uma Transamazônica. Lembrava o fatídico slogn “Brasil, ame-o ou deixe-o”, o “Acorda
Brasil”, o “Pátria amada.” e coisas do gênero...Havia um
desejo de paz pairando no ar, nas avenidas, andando lado a lado com uma defesa
intransigente das cores verde e amarelo. Esses personagens não abriam mão de um “Brasil, de amor eterno seja símbolo, o lábaro
que ostentas estrelado, e diga o verde-louro desta flâmula - paz no futuro e
glória no passado”.
Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado eu permaneço atento...
Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado eu permaneço atento...
Pensei, cá com os meus vários botões...
Patriotismo sem voz não é PAZ, é medo!
Eis um pouco do que foi o efeito da multidão em
mim,
Voltei pra casa com o eco do PARE BELO MONTE!
Quinta-feira tem mais,
Pará, 18-06-13.
quarta-feira, 17 de abril de 2013
Chega!!
Chega
desse mi mi mi de redução de maioridade penal, não basta o que a realidade nos
mostra diariamente? Basta querermos enxergar...
“O jovem no Brasil
nunca é levado a sério
Eu vejo na TV o que
eles falam sobre o jovem não é sério, não é sério...”
Chega
de felicianismos! Falas falaciosas!
Chega de Criminalização
dos movimentos sociais, de intolerância religiosa...
_ "É
porque tu nunca perdeste um parente ou um amigo para a ação desses menores”
_ Já
perdi gente demais, e muito querida...
Já perdi inclusive adolescentes que
eu atendia no cárcere e quando “ganhavam a liberdade”, quase sempre eram mortos, “misteriosamente”.
Os
três anos que os justiceiros acham pouco, a realidade mostra que é sentença de
morte, pois dificilmente continuam vivos quando saem do sistema, isso quando
não morrem no interior do próprio sistema, como mostra a pesquisa da Anced
sobre morte de adolescente no interior do sistema Socioeducativo:
Vamos
nos apropriar do debate e deixar de mi mi mi!!!
Sem
mais,
Dionise-se!!!
sábado, 9 de fevereiro de 2013
Só a arte não morre!
A
princípio chamei essa escrita de “Sem título”, se bem que ela poderia ter cem títulos, mas enfim, ativada por uma
postagem de um sobrinho querido admirador de Chico César, resolvi dar o título
acima pensando que “o carneiro sacrificado morre, o amor morre, só a arte
não...”
Outro
dia fique indignada com um “arte educador”, que trabalha no sistema sócio
educativo aqui de Belém, quando este afirmou que se todos os adolescentes
fossem liberados daquela unidade de Medida Sócio Educativa, ou que se o
quantitativo de jovens alí diminuísse, ele ficaria desempregado. E disse mais:
“temos que garantir eles aqui”.
-
Eu falei:
-
Tu sabias que eu penso na possibilidade inversa, e trabalho com foco nisso?
Ele:
- De que?
-
Penso em uma sociedade sem prisões. Desejo uma sociedade onde não tenhamos que conviver com essa realidade, de uns
presos e outros em liberdade, sem falar no segmento social que é mais
atingido por esse apartheid, e por ai vai...
E
fiz uma coisa que não costumo fazer: dei-lhe um “conselho”
-
Acho bom você aprender ou se interessar por outras coisas que não somente abrir
e fechar cadeados...
O
mundo precisa de mais artistas de rua, de mais palhaços, de mais músicos, de
mais poetas, de mais crianças e jovens, de mais filósofos e não de mais
cadeias...
-
E tu, vais viver de quê? Já que és psicóloga, professora. Tu vais viver de quê?
Tu vais desaparecer, tu vais morrer!!
“Morre
o homem fica a fama...
Quero
morrer numa batucada de bamba, na cadência bonita do samba...”
E, muito cá entre nós...
Não
falei a ele que meu pai, desde muito cedo, me incentivou a ler, escrever e
admirar arquitetura, já que ele era marceneiro e sonhava com uma filha
arquiteta.
E
que a minha mãe, antes de me incentivar a ler e escrever, me ensinou a
cozinhar, limpar e costurar.
No fundo eu acho que
ela sabia que: se eu não desse pras letras, daria pro fogão e vice-versa.
Eis que, sem falsa
modéstia, eu me dou muito bem com os dois!!
Meu pai antes de morrer
me disse: “tu és uma arquiteta da alma humana”
Se o educador que me
interpelou, outrora, tiver acesso a essa escrita, quero dar-lhe não mais um
“conselho”, mas sim um recado:
Sei
que vou morrer não sei o dia
Levarei
saudades da Maria (minha mãe)
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
Chicobraguice
“Certa vez de montaria,
Eu desci o Paraná
E o caboclo que remava
Não parava de falar
Ah, ah, não parava de falar
Ah, ah, que caboclo falador!”[1]
E o caboclo que remava
Não parava de falar
Ah, ah, não parava de falar
Ah, ah, que caboclo falador!”[1]
Eu
confesso que queria começar esse texto de uma forma “normal”, que seria:
Certa
vez assistindo a uma reportagem sobre Chico Braga, um caboclo famoso pras
bandas de cá, do Norte, uma verdadeira máquina de produzir Carimbó, um cantador
e fazedor de canções, fiquei impressionada com a intimidade e afetação dele com
a música e, mais particularmente, com o “nosso” ritmo, o carimbó.
Assistindo a esta reportagem eu me dei conta
de que talvez eu sofra de chicobraguisse. Talvez não em um grau tão avançado a
ponto de só responder a qualquer pergunta ou situação utilizando uma canção,
como o faz mestre Chico Braga, como o fez na reportagem. O que fez com que a repórter
afirmasse:
-
É impossível fazer qualquer pergunta sem que ele pare de cantar ou de responder
com um verso de uma de suas músicas!!
Nunca
tratei dessa “doença” quando fiz análise... Que síndrome será essa? Há cura? Tomara
que não!!
No
máximo ocorreu de eu chegar certa vez de montaria... Nããão!!!
Certa
vez eu cheguei para a análise por debaixo de uma chuva, dessas que parece que o
mundo vai acabar, como dizia a analista. E esta perguntou:
-
Como estamos hoje? O que me diz hoje moça?
-
No que respondi:
“Tranquila
Levo a vida tranquila
Não tenho medo do mundo
Não vou me preocupar...”[2]
Levo a vida tranquila
Não tenho medo do mundo
Não vou me preocupar...”[2]
Hoje,
escutando Tim Maia - Racional, cheguei a uma conclusão, bem emocional, qual seja:
de que os casais devem viver “numa relax, numa tranquila numa boa...”[3]
Nada
de “um nasce pra sofrer enquanto outro rir...” [4]
Não
concordo! Não concordo com Tim! Mas...
“Ah!
Se o mundo inteiro
Me pudesse ouvir
Tenho muito pra contar
Dizer que aprendi...”[5]
Se o mundo inteiro
Me pudesse ouvir
Tenho muito pra contar
Dizer que aprendi...”[5]
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Fábrica de Felicidade
Adoro esse Tom
Esse Som
Esse Zé
Fazedor de coisas
De sonhos
De homens
Fábrica de fábricas
Fábrica de fábulas
Fábrica de risos
Fábrica do inesperado!
Fábrica de Felicidade!
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Caça Dor de mim
Essa música é absolutamente bela, forte e tem cheiro de gente
Tem gosto de vitória, mesmo que se tenha perdido algo...
Acho ela o símbolo do "nunca se dê por vencido", por tanto amor, por tanta emoção...
Penso que ela teria que ser “matéria” obrigatória desde a alfabetização.
Ela é absolutamente fundamental!
Afinal, no Ensino Fundamental é fundamental o respeito ao outro, aos outros...
No Ensino Médio, a média deveria ser pra tod@s, sem divisão!
No Ensino Superior, não há superior!
Na vida,
Nada a temer senão o correr da luta
Nada a fazer senão esquecer o medo
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
Elza Soares - A Carne
O que vaza das formalidades e dos instituídos, uma parte eu posto aqui nesse Carnaval de Afetos, e o que me é possível dar vasão eu sigo adiante...
Nesse momento o que vaza em mim é a Carne...
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