sábado, 26 de janeiro de 2008

Ontem e Hoje

Ontem eu vi duas Ananindeuas. Uma pela manhã e outra ao final do dia. A da manhã imatura, festiva e sem um rumo certo. E eu que só queria seguir o meu rumo, fui impedida por um guarda que se armou e que não fala com mulher em serviço. Já a do final do dia, mas não no final da vida, madura, e com uma vitalidade de impressionar quem não a viu na flor da idade. A da manhã, estava acordando de uma farra, de uma balada, de uma micareta. A da noite, estava começando a reviver seus tempos de glória, seus bailes de carnaval com dia, hora e local marcado. A da manhã, fui impedida de entrar; a da noite fui convidada a entrar e sem pagar. No baile da Ananideua de outrora, o clima era de confraternização, de descontração, de Graça, de revitalização, pois o “pulso ainda pulsa”. Como não lembrar do mestre Emílio, “Ananideua está crescendo, está se tornando uma grande cidade, só em pensar em partir, falto morrer de saudade”. Já a da manhã estava de ressaca, vi um espaço sem lona, o circo foi desarmado e só restou o pão que as pessoas ainda iam comprar. Se o guarda deixar! Pensei.

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