quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Um brinde à ralé

“Encontrar o valor das coisas inúteis é arrancar poesia do trapo”. (SILVA, 2010)

Fragmento extraído de um precioso artigo de Márcio Sales da Silva, publicado em E-SCRITA, e cujo título é: Manoel de Barros, o poeta do devir.
Não sei a qual qualis o artigo pertence no ranking da CAPES. Falo da qualidade do texto, do encontro entre Deleuze e Manoel de Barros. Duas potências de vida, duas vidas ínfames, dois destruidores de máquinas fazedoras de normalidades.

Descobri em Manoel de Barros e em Deleuze que “sofro de multiplicidade”, sofro de pluralidade. “Há quem diga que eu dormi de toca...” (Sérgio Sampaio).

Sou apaixonada pela miudeza, pela pequeneza, pela sutileza.

Gosto quando Rubens de Almeida exclama: “eu vivo te dando bola porque você é acerola, eu vivo te dando bola porque você é acerola...”.

Sou apaixonada pelo que é grande de tanto ser rasteiro, de tanto ser ralo, de tanto ser raro, de tanto ser ínfimo...

Gosto da pequeneza e é por isso que “eu vivo te dando bola porque você é acerola”.

Postarei aqui as pequenezas que me trazem grandeza, que me trazem boniteza, que me trazem gentileza. Registros que chamarei de Diário Menor


Bloco na Rua - Ligiana e Tom Zé

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Cale-se

De volta à blogosfera
De volta... A Globo (?)....Espera!
Elza Soares utilizou a música como recurso para não enlouquecer
Utilizo a escrita também para não enlouquecer, mas também para não emburrecer, para não embrutecer, para não esquecer que desbotar é preciso, que deslocar é preciso!
E eu preciso!
Escrever é a arte de não ceder, de não morrer, de transcender.
É o trans, é o múltiplo...



Pitty - Cálice

Vida Explosiva

Fizeste bem em partir, Arthur Rimbaud!



René Char

Autor francês, que também foi crítico e curador de artes, militante político, interlocutor de filósofos, amante da filosofia, pesquisador das linguagens visuais e verbais, interlocutor de pintores, amante e devoto da pintura, intelectual proteiforme e multifacetado.

http://tvcultura.cmais.com.br/provocacoes/fizeste-bem-em-partir-arthur-rimbaud

quarta-feira, 1 de junho de 2011

A Casa é Sua - Arnaldo Antunes

Final (?)

No final (?) de minha pesquisa de mestrado, sinto estranhamento diante da vida. Vou ter que reinventá-la também, não tem jeito! Ainda bem!
"Porque nem o prego aguenta mais o peso desse relógio"

Estou de volta pro meu desassossego
Trazendo na mala bastante bagagem
querendo um sorriso sincero, um abraço
Para aliviar meu cansaço, e toda essa minha coragem...

quinta-feira, 3 de março de 2011

sábado, 22 de janeiro de 2011

Tecnologia nossa de cada dia!

"Você dirá que as cidades ficaram hostis, inseguras, impróprias para uso humano, e que bom que a tecnologia nos permite certos confortos. Eu diria que exatamente por isto deveríamos lutar pelas cidades -por cada cidadela de delicadeza que elas ainda comportem. Um cinema que fecha é uma calçada, um pipoqueiro e uma fila a menos numa cidade. É mais um quarteirão sem luzes, sem movimento noturno e sem possibilidade de encontros, amigáveis ou amorosos. É um lugar a menos para flanar, para fazer hora, até para paquerar. E é também um cenário a menos para que os jovens descubram e troquem ideias sobre cultura, história, comportamento"

Texto de Ruy Castro publicado na Folha.